Como amar Ilhéus, meu Deus?
Como amar Ilhéus?
Como falar de amor para uma cidade que, muitas vezes, ainda é menina pelas ações que deixaram de acontecer.
Como explicar aos cidadãos que ela deve ser amada e cuidada e não disputada por siglas, por interesses pequenos?
Como explicar aos que passam pelas ruas e não entendem que é desumano destruir cestas coletoras de lixo, quebrar telefones públicos, jogar lixo nas ruas, vandalizar tudo que é de todos.
Quais campanhas feitas nas ruas, de porta em porta, possuem a sua utilidade real, por não serem ouvidas?
Como fazer para que outras ações, elaboradas e executadas por organizações sérias, sejam imitadas?
Como gritar pelas ruas, protestar de forma coerente se infiltrados e imbuídos em destruição e maldades aproveitam o grito de justiça e mostram suas índoles más?
Como amar Ilhéus, meu Deus?
Como conscientizaar o valor da cidadania para todas as pessoas(des)civilizadas, que saem dos shows , pela madrugada, destruindo tudo que encontram pela frente, chutando as portas de residências, jogando pedras nos vidros, gritando, agredindo, causando pânico às pessoas que possuem educação e mancham a imagem de bairros que também abrigam cidadãos decentes
Como demonstrar amor por Ilhéus sem ferir suscetibilidades aproveitadoras que soltam garras de vingança, de mal querer e rancor afetando o seu crescimento?
Como falar de amor pela cidade às pessoas que esquecem da importância da higiene em suas ruas que precisam estar limpas e obedecer aos dias da coleta estipulados em divulgação, de arremessam o que não lhes interessa pelas janelas de seus carros e dos coletivos?
Como explicar aos vândalos que a cidade iluminada fica mais bonita, protegida e irradia alegria e que destruir as lâmpadas é sinal de desamor e ausência de cidadania?
Como amar, Ilhéus, meu Deus?
Como enfeitá-la com praças bonitas, coloridas e conservadas, sem ações de vândalos e com vidas responsabilizando-se por cada uma?
Como falar de amor pela cidade ancorada nos ilhéus, se as idéias morrem atropeladas pela intolerância, pela locupletação e pelos pseudovalores políticos de alguns desavisados de crescimento, que arrotam honestidade (!)e brincam de bumerangue com letras que se transformam em siglas?
Como amar Ilhéus sem tristezas, com saudades se as cobranças aparecem em galope, as ações urgentes que precisam ser feitas são esquecidas e as acusações aparecem , formalizam e, mais adiante, são imitadas?
Como amar Ilhéus, sem espanto, se ainda cabem em seu espaço os conhecidos “guetos”,espaços habitados por quem não têm o que fazer e objetivam as fofocas, as maledicências, os rancores, as traições? Se, para surpresa de pessoas coerentes, essas ações partem do gênero considerado sério? Por que não utilizar o tempo para os aplausos pelo que tem sido feito na cidade ou para a criação de obras positivas e não registrar títulos de propriedade para o que acontecer?
Como amar Ilhéus, meu Deus?
Como explicar as construções erguidas por filhos da terra, que são desconsideradas e ficam na berlinda de forma depreciativa, algumas, sofrendo retaliações politiqueiras?
Como justificar a desunião, destruição , desagregação de alguns em relação ao que já existe, quando os grupos que poderiam ser imitados pelas ações dignas e solidárias, são menosprezados?
O que fazer para modificar certas realidades em Ilhéus,menina centenária, se certos grupos não usam a união para fazê-la maior e mais evoluída e insistem em separação?
Como amar Ilhéus, meu Deus?